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14 junho 2011

Feira do livro Ribeirão Preto 2011 (sucks!)


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Eu fui na Feira do livro de Ribeirão Preto no ultimo dia (post atrasadíssimo, I know) e posso dizer que foi uma escolha terrível...melhor ter ido na feira da lua (huashaushuahs). O que eu notei:

- Que os estandes ficaram maiores porque a quantidade de expositores diminuiu (veja aqui no mapa). Por exemplo, não vi mais o estande da S&M que é uma excelente editora espanhola de bons livros infanto-juvenis. Ou a ausência de livrarias (este ano só tinha a Paraler).

- Que a qualidade caiu. Muitos estandes tinham os mesmos livros, pouca diversidade e muito livro infantil vendidos a preços bem baixos (mas com qual conteúdo?).

- Que a atração agora são os shows – sim eu soube de palestras lotadas e tudo – mas me digam sinceramente se boa parte do público não vai lá só por causa dos shows? Que eu, particularmente acho que não tem nada a ver com feira do livro, mas enfim...não dá pra esperar muito, quando nós sentamos para ouvir um “contador de estórias” praticamente só tinha a gente (com muitas crianças na feira...)

- Que o público aumentou de uma forma ruim, tanto porque tinha muita gente mal educada: pessoal empurrando nos espaços apertados, muita gritaria e lixo; como porque o espaço continua o mesmo e não agüenta bem o nível de público quando a feira está cheia, fica impossível andar se você tem algum tipo de problema de locomoção (na família, minha tia usa muletas e eu com o pé quebrado). Uma das coisas que não tinha nada a ver com organização é que me irrita a maneira que as pessoas tem de irem atrás de aglomeração. É meio estranho que só porque a gente seja mamífero e que durante os anos nós nos juntamos em bando que isso justifique o fato de, em um espaço apertado, as pessoas quererem se apertar mais...que mania de gostar de cheirar suor alheio.

- Que o preço estava terrivelmente alto e com quase nada de descontos significativos. Exemplo, eu tinha uma lista de 10 livros, achei 2. Dos que eu achei, “Morte de tinta” estava R$45,00 e “A garota dos pés de vidro” estava R$40,00. Encontrei na estante virtual, este por 26,90 e aquele por R$33,00 (ambos com frete). Não, eu não estava esperando um desconto para cobrir venda online. Mas eu queria descontos efetivos, se fosse para comprar pelo preço de livraria, eu iria no shopping.

- Por fim, tinham estantes como o da Paraler que não dava para entrar. Os funcionários fechavam as portas porque não cabia mais gente. Claro que a quantidade de gente não ajuda, mas me parece que deviam achar formas melhores de fazer isso. O último lugar no qual eu ia procurar meus livros atrás de um bom desconto era lá. Achei o cúmulo ficar esperando na fila para entrar, e fui embora.

Por tudo isso, o prazer que me dava ir a feira acabou (todo carnaval tem seu fim, certo?). O que eu vi muito foram pessoas comprando livros por comprar (como aquelas bancas de liquidação), ainda se fosse: vamos comprar este porque não tem aquele outro...
Enfim, agora meu negócio é estante virtual. Não tem o mesmo charme que uma feira (seja paga ou livre, a céu aberto ou em um galpão), mas me enche menos a paciência, sai mais barato, eu posso pagar com cartão e ainda tem o bônus de esperar pelo correio - #nostalgia

Ps. Estava revisando o texto (nunca faço, mas sempre tem uma primeira vez) e reparei que parece que só tem criança na família...ashuashaushua...porque eu falo várias vezes sobre livro infantil e contar estorias...em tempo, nós só lembramos de ser crianças de vez em quando, na maior parte do tempo, a gente é adulto mesmo...


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