Eu fui na Feira do livro de Ribeirão Preto no ultimo dia (post atrasadíssimo, I know) e posso dizer que foi uma escolha terrível...melhor ter ido na feira da lua (huashaushuahs). O que eu notei:
- Que os estandes ficaram maiores porque a quantidade de expositores diminuiu (veja aqui no mapa). Por exemplo, não vi mais o estande da S&M que é uma excelente editora espanhola de bons livros infanto-juvenis. Ou a ausência de livrarias (este ano só tinha a Paraler).
- Que a qualidade caiu. Muitos estandes tinham os mesmos livros, pouca diversidade e muito livro infantil vendidos a preços bem baixos (mas com qual conteúdo?).
- Que a atração agora são os shows – sim eu soube de palestras lotadas e tudo – mas me digam sinceramente se boa parte do público não vai lá só por causa dos shows? Que eu, particularmente acho que não tem nada a ver com feira do livro, mas enfim...não dá pra esperar muito, quando nós sentamos para ouvir um “contador de estórias” praticamente só tinha a gente (com muitas crianças na feira...)
- Que o público aumentou de uma forma ruim, tanto porque tinha muita gente mal educada: pessoal empurrando nos espaços apertados, muita gritaria e lixo; como porque o espaço continua o mesmo e não agüenta bem o nível de público quando a feira está cheia, fica impossível andar se você tem algum tipo de problema de locomoção (na família, minha tia usa muletas e eu com o pé quebrado). Uma das coisas que não tinha nada a ver com organização é que me irrita a maneira que as pessoas tem de irem atrás de aglomeração. É meio estranho que só porque a gente seja mamífero e que durante os anos nós nos juntamos em bando que isso justifique o fato de, em um espaço apertado, as pessoas quererem se apertar mais...que mania de gostar de cheirar suor alheio.
- Por fim, tinham estantes como o da Paraler que não dava para entrar. Os funcionários fechavam as portas porque não cabia mais gente. Claro que a quantidade de gente não ajuda, mas me parece que deviam achar formas melhores de fazer isso. O último lugar no qual eu ia procurar meus livros atrás de um bom desconto era lá. Achei o cúmulo ficar esperando na fila para entrar, e fui embora.
Por tudo isso, o prazer que me dava ir a feira acabou (todo carnaval tem seu fim, certo?). O que eu vi muito foram pessoas comprando livros por comprar (como aquelas bancas de liquidação), ainda se fosse: vamos comprar este porque não tem aquele outro...
Enfim, agora meu negócio é estante virtual. Não tem o mesmo charme que uma feira (seja paga ou livre, a céu aberto ou em um galpão), mas me enche menos a paciência, sai mais barato, eu posso pagar com cartão e ainda tem o bônus de esperar pelo correio - #nostalgia
Ps. Estava revisando o texto (nunca faço, mas sempre tem uma primeira vez) e reparei que parece que só tem criança na família...ashuashaushua...porque eu falo várias vezes sobre livro infantil e contar estorias...em tempo, nós só lembramos de ser crianças de vez em quando, na maior parte do tempo, a gente é adulto mesmo...
imagens:
Vocereporter Soquafiso Cyberfam
Vocereporter Soquafiso Cyberfam
Nenhum comentário:
Postar um comentário