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30 agosto 2013

Dia do blog 2013


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Dia 31/08 é dia do blog…Pra comemorar eu vi no hypness uma proposta de escrever sobre uma paixão na sua vida. Bom, amar eu amo B...amo o gato...amo a família...mas a maior paixão que eu tenho é ensinar.


Quando eu fazia faculdade, tive um momento de desânimo seguido por epifania ao pensar no meu futuro dentro da área. Pensei nos prováveis empregos que eu teria e nenhum me atraiu. Pensei no que eu gostava de fazer e lembrei dos dias em que eu dava aula. Bingo! Alguém poderia argumentar que eu poderia dar aulas em faculdade depois que me formasse, mas veja, eu não tinha como escrever meu TCC...imagine aguentar mestrado e doutorado? No way.

E foi assim que larguei a faculdade e me perdi no mundo. Ensinar mesmo nada. Demorou um bom tempo pra eu transformar a vontade inicial em plano, posteriormente em projeto e, finalmente em realização. O começo foi complicado e eu, sem-vergonha de nascença, me vi sem palavras e constrangida toda vez que me perguntavam algo que eu não sabia (na minha cabeça, que devia saber).  E vou confessar, com profundo pesar, que desisti. Meu perfeccionismo não me deixou continuar e eu fugi.

Mas como a vida ensina, voltei. Melhor preparada, achava eu. Mero engano. Professores nunca estão totalmente preparados. Sempre temos algo a aprender, a ver de outro modo, a “re-pensar”. Me surpreendi. Gostei.

Desde então, cada aluno é para mim como a criança que aprende a amarrar o sapato; cada laço é um conhecimento novo e, sair de sapatos amarrados é a vitória de conseguir comunicar-se. Sinceramente, aprendi mais sobre como ensinar do que propriamente ensinei. Cada aula é uma surpresa nova porque nem a forma como você monta a lousa é igual e, ás vezes você simplesmente vê que tem um jeito mais fácil de explicar aquilo que ninguém entendia...

Esses dias li um pensamento interessante sobre meu ofício: “Educar é libertar.” (Eugenio Mussak, Vida Simples de setembro/2013). Pensei muito nisso porque acredito firmemente que, quando ensino um aluno a dizer: “I would like to fly” eu não estou só ensinando-o uma língua, estou dando a chance do aluno se expressar. Falando necessariamente do que eu ensino, uma nova língua é todo um novo universo de códigos, cultura e tradições. Mostrar isso á outra pessoa é ampliar o horizonte que ela tem e isso não tem preço.
Por isso, manteiga derretida que sou, me emociona sinceramente quando um aluno para de errar um tempo verbal ou usa um modal sem pensar ou simplesmente me diz “ah” quando expliquei pela vigésima vez. É só por esse “ah” que eu continuo fazendo o que faço. Foi essa onomatopeia que me mostrou o que era paixão. 
Imagens:
http://www.projects-abroad.co.uk/_photos/_global/photo-galleries/en-uk/ghana/_global/large/teaching-volunteer-in-ghana.jpg
http://pamojaplc.edublogs.org/files/2013/05/Tips-for-teaching-online-2az7u66.jpg
http://writerspenn.blogspot.com.br/2012/08/the-write-turn.html

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