"No dia 15 de outubro de 1827, D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida." (wikipedia).
Posteriormente João Goulart sancionou o decreto52682/63, cujo artigo 3 diz:
Art. 3º Para comemorar condignamente o dia do professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo delas participar os alunos e as famílias.
Parece piada, certo?
O professor hoje se tornou pai e mãe, obrigado a educar seus filhos sem os mesmos poderes que estes; se tornou escravo da ideologia poética ao receber menos do que o piso instituído em diversos estados (incluindo o RS no qual o governador é Tarso Genro, ex-ministro da educação?!) e obrigando-se a pegar até 3 turnos seguidos para manter um salário decente; se tornou alvo da frustração juvenil que não sabe lidar com a liberdade recém-adquirida (em comparação com pouquíssimos anos atrás, quando se usava palmatória e professor era "senhor") e usa o professor como objeto de escárnio e válvula de escape. Pergunto, quem o tornou assim? E como vamos mudar isso?
Eu não tenho respostas, mas tenho outras perguntas: por que o BNDES aprovou 400,00 milhões para reforma do estádio de BH (que tem custo estimado de 684 milhões) enquanto os professores de MG tem que fazer greve para conseguir receber o piso da categoria?
Como é possível que o batalhão de choque seja chamado para confrontar professores cearences? E ainda sobre o Ceará, aonde os professores em greve tiveram que ouvir de seu governador: "Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário".
Pra finalizar, o piso do professor é R$1.187,97 por 40?! horas de trabalho. Enquanto isso, temos 513 deputados ganhando somente um salário de PASMEM R$26,7 mil fora benefícios. Pausa para desafabafo inconformado - Eu sou professora, mas jamais aceitaria cumprir 40 horas de trabalho, por mais que eu ame o que faço. É tecnicamente impossível preparar boas aulas e corrigir lições quando você tem que passar todo esse tempo em sala. Além disso, qualquer professor de inglês com certificação ganhar esse valor facilmente com uma carga 5 vezes menor. - Voltamos ao resto do post.
Pais e mais importante, alunos, sinceramente respondam: vocês estão satisfeitos com essa situação ou vocês passam os dias xingando o professor pelo não desenvolvimento da educação? E o que vocês fazem de forma ativa para que isso mude? Até quando dia 15 de outubro vai ser o dia de finados na educação nacional?
Pra finalizar, quem ainda não viu, o vídeo de Amanda Gurgel, professora do RN
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