Essa pessoa que vos fala é extremamente volúvel, cada hora o desejo mais fundo no coração muda...mas tem coisas que hime gosta, e muito! Uma delas é dançar. Desde que fiz minha primeira aula de dança de salão, a dança me seduziu. Dançar é mágico! Você dança quando está feliz, dança quando ouve uma música bacana no rádio, dança com uma pessoa especial, dança para uma pessoa especial, você dança quando enlouquece, dança quando limpa a casa e ás vezes, dança porque está triste. Dançar é uma cartase maravilhosa...
Devido à essa minha visão (um tanto romântica, admito), eu pensei seriamente em prestar faculdade de dança em Curitiba. Eu já tinha pensado nisso uma vez - na época do vestibular - mas não me levei a sério o suficiente e talvez nem era pra ser na época, mas voltei a pensar nisso e uma das exigências da prova é prática, mostrar balé (ou contemporânea, com o qual eu não me sinto confortável) ao vivo.
Assim, enquanto eu procurava uma escola de dança, b me disse que uma de suas alunas é bailarina, a mãe dela tem uma escola, e foi dessa forma que fui fazer minha primeira aula.
Me preparei moralmente. Minha primeira experiência com contemporânea tinha sido humilhante, com várias bailarinas experientes e eu (patinho feio da dança, fora de padrão e pouco flexível), sem orientação do professor que se limitava a dizer pra alguém ir me ensinar. Fiquei traumatizada. Mesmo assim coloquei uma roupa confortável, me animei como uma criança, e lá fui eu. B me levou, falou com a recepcionista e foi assim que descobrimos que a escola estava entrando em férias.
A decepção na minha cara foi horrível. Eu voltei pro carro chorando (eu sou drámatica mesmo) e B me disse que eu parecia uma menininha vestida de bailarina (mesmo sem ter collant e tutu) que acabou de perder o doce.
Um mês depois, voltamos a escola, b me levou de novo (esse meu marido é de uma paciência sem tamanho), eu olhava as meninas com roupinha de balé e não queria falar com ninguém. Falava em inglês com b pq estava nervosa - eu, que sempre fui ao médico sozinha, desde os 10 anos, agora sendo carregada por b...irônico - e só percebi o ridículo dessa situação quando uma mãe perguntou para ele se eu era estrangeira (com esse cabelo azul, só pode).
Fiz minha primeira aula um pouco desengonçada, mas voltei feliz da vida. Hoje já faz mais de um ano, continuo desengonçada e desenvolvi um estranho fetiche por sapatilhas, mas cada aula é uma festa interna.
E como li no caminhante diurno esses dias "Quem consegue suportar a própria auto-crítica, é recompensado fazendo o impossível"
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Fotinhas do post são parte de um projeto da Dane Shitagi (ballerina project). Dá pra ver mais no site dela: dane shitagi photography e no facebook do projeto
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